QUANDO A POESIA SE ACHEGA
Levamos a vida correndo
Na pressa do dia-a-dia,
Travando luta bravia
Prá ganhar, (sempre perdendo)
Acabamos esquecendo
De que existe: poesia!
A pressa é inimiga
Dos poetas sonhadores,
Romancistas, escritores.
E toda mente fugaz
Precisa um pouco de paz
Pra cantar os seus louvores!
A poesia é matreira
De mansinho, sem afronta
Acaba tomando conta
De engenheiro, arquiteto
E se instala sem decreto
Enfeitando a sexta-feira!
Resumindo o atalho
Das reuniões e relatórios
Escutando foguetórios
Do imaginário emana:
-Vem aí o final de semana
Vai pro inferno, Seu trabalho!
JORGE LUIZ BLEDOW