SOL,PURA POESIA...

Calmamente...

Devagarinho...

O sol se levanta

se alevanta

se eleva

vai para o alto

torna-se uma lâmpada

no céu todo azul...

Ele trabalha silenciosamente

Mas queima como fogo

reduz-se a chama total

em meus olhos ele não se sustenta

senão posso ficar cega

Porém, em breves momentos

observo -lhe ao longo do dia

Talvez descubra seu segredo...

Para onde ele irá...

Encontrar-se com a lua?

Desdobrar-se em luz em outro

canto da terra?

Correr para o abraço do mar

que lhe faz refletir com amor

e nos entrega mais um belo entardecer?...

Foste o sol nascente

Agora és o sol poente

pura poesia este sol

cheio de luz

talhado pelo amor da natureza

em nós vibrante

estrela quase cadente...

Calmamente...

Devagarinho...

O sol se deita...

Meus olhos já não lhe alcançam

Só me resta ir dormir...

Amanhã outro dia

Ele retornará

e a saudade que sinto

em meus olhos, irá brilhar...

E eu agradecida lhe direi:

Bom dia sol nascente!

Seja bem vindo sempre

Sinta-se a vontade

a brilhar nos olhos de todos nós...

Sol, pura poesia, estás a me dar

em cada momento do dia

e até na hora do meio da tarde

quando então tu esfrias...

Lentamente te despedes...

Teus raios me dão suavemente,

como um doce carinho,

um beijo de luz e em mim te guardo

em meus olhos e quando for dormir,

sonharei contigo...

(18/03/2016)

Raimunda Lucinda Martins