Favela silenciosa, tiros ao invés de rosas...
Esquinas tristes, barracos dévios
Malandros frios, ocultos morros;
Chuva persiste, Deus lá em cima!
Aqui embaixo, a comunidade pede socorro...
Cadeia, armas, drogas, vícios e histórias de violência...
Filmes de Terror reais, e pedidos tão urgentes de clemência.
O futuro aniquilado com a doença.
Bares, lares e batucadas.
Sambas, bambas e moçadas.
Brasil.
O tabaco da avenida.
As carroças transitando
com o latido dos cachorros...
Quando cai a noite, e alguém cai
o choro me atrai, pela Fonte inesgotável
de vidas que isso leva e vem levando...
Quando vejo a mãe chorando pelo filho que se vai
o choro me atrai, pela imensa angústia, a que vejo ela passando...
O declive da ladeira
há muito tempo vem sangrando!
O barulho da torneira
em meio aos tiros e esporros
dá de ouvir lá do outro morro!... Até quando?