Favela silenciosa, tiros ao invés de rosas...

Esquinas tristes, barracos dévios

Malandros frios, ocultos morros;

Chuva persiste, Deus lá em cima!

Aqui embaixo, a comunidade pede socorro...

Cadeia, armas, drogas, vícios e histórias de violência...

Filmes de Terror reais, e pedidos tão urgentes de clemência.

O futuro aniquilado com a doença.

Bares, lares e batucadas.

Sambas, bambas e moçadas.

Brasil.

O tabaco da avenida.

As carroças transitando

com o latido dos cachorros...

Quando cai a noite, e alguém cai

o choro me atrai, pela Fonte inesgotável

de vidas que isso leva e vem levando...

Quando vejo a mãe chorando pelo filho que se vai

o choro me atrai, pela imensa angústia, a que vejo ela passando...

O declive da ladeira

há muito tempo vem sangrando!

O barulho da torneira

em meio aos tiros e esporros

dá de ouvir lá do outro morro!... Até quando?

Holofote Cerebral
Enviado por Holofote Cerebral em 09/03/2016
Reeditado em 18/03/2016
Código do texto: T5568486
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