As tempestades da vida
As tempestades da vida
Jamais me abalarão
Mesmo estando num leito enfermo
Fraco, desolado e abatido
Ainda consigo cantar hinos de louvor
As noites têm sido longas e frias
Minha família está tão distante?
Meus amigos onde estão nessas horas?
Tudo parece não fazer sentido
Os alimentos e até água têm gosto de absinto
A cama amiga e companheira
Deve estar enfadada de ouvir meus gemidos
Tudo ao redor parece opaco e escuro
Até os pardais fugiram de minha janela
Estou reduzido a nada, mas ainda consigo cantar
Porque sei que não estou sozinho
As tempestades da vida
Me fizeram mais forte
E mesmo os ventos do norte
Não conseguem me derrubar
Podem me fazer curvar, mas jamais irei quebrar
Os ventos contrários, negros e tempestuosos
Me ensinaram a depender totalmente de Deus
Hoje sinto-me renovado, restaurado
Embora não tenho forças para mover nenhum passo
Mas creio no Deus da divina providência
Por isso mesmo fraco, doente e debilitado
Ainda tenho forças para louvar
Um louvor rouco e afônico
Que sai das entranhas da alma
E das funduras do coração
Mesmo que meu barco pareça naufragar
Ainda consigo adorar o Deus de minha vida
O Deus de minha salvação
Mesmo que as tempestades da vida
Parecem me levar ao fim do abismo
Ainda consigo repousar tranquilamente
Em pleno redemoinho
Pois para os filhos de Deus
Todas as coisas que parecem tragédias
Deus faz redundar em copiosas bençãos.