A DOÇURA DE UMA TARDE

Lembro-me bem daquela tarde tranquila,

Quando o sol se deitava preguiçoso no horizonte,

E a brisa suave dançava entre as folhas,

Você bateu à porta, sorriso tímido,

Perguntando se eu tinha um pouco de açúcar,

Para adoçar o café da tarde.

Não era só o açúcar que você buscava,

Era a doçura de um gesto simples,

Que acendia a chama da amizade,

Aquela que se constrói em pequenos momentos,

Em risos compartilhados, em conversas ao portão,

Em olhares cúmplices e palavras afetuosas.

Emprestar uma xícara de açúcar,

Era como emprestar um pedaço do coração,

E receber em troca o calor de um vizinho,

Que se torna amigo, quase irmão.

Nossos dias se encheram de doçura,

Com cada pedido, cada troca, cada abraço.

Agora, quando eu penso em simplicidade,

Vejo a imagem da sua mão estendida,

E sinto a segurança de saber,

Que não estamos sozinhos neste mundo,

Que uma xícara de açúcar pode ser,

O começo de uma bela história de afinidade e cuidado.

Sezar Kosta
Enviado por Sezar Kosta em 23/07/2014
Reeditado em 27/09/2024
Código do texto: T4892870
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.