Apátrida
De tanto peregrinar,
Fiz de mim um estrangeiro,
Como pude me ausentar?
Preferir um lar terceiro?
É tempo de voltar,
Arrumar meu cativeiro,
E nele habitar,
Ser em mim meu paradeiro.
Seria isso um equívoco?
Sou um cigano de espírito,
A prisão é um martírio,
Para um coração tão libertino.
O melhor é aceitar,
Esse meu Eu verdadeiro,
Meu karma é transitar,
Sou de mim, passageiro.