Grão de violência

Foi assim, na madrugada,

Arrastado pelo chão.

Sua cabeça esmagada

Deixa clara a intenção.

Sem remorso ou piedade,

Começou-se a agressão.

Foi, então, pura maldade,

Sem espaço ao perdão.

Partiram embevecidos,

Como nobres vencedores,

Seus infames agressores

O deixando destruído.

Bem no meio da estrada,

Se fundiu junto ao concreto.

Mais uma vida ceifada,

Menos um grão no deserto.