BANQUETE DA VIDA
No banquete da vida,
a frase mais servida é:
— "A vingança é um prato que se come frio."
Engana-se quem cuspiu no prato que devorou.
Gritos fétidos vomitaram em nossos cérebros —
sanitários de uma moral decomposta.
Anormais normalizam o ambiente,
e a amoralidade virou "barely legal".
Enquanto os devotos se escondem no Salmo 91,
repudiam o 23 — mas o negócio é teologizar
a prosperidade do pastor.
(Ovelha sempre será ovelha…
e o altar? Sempre cheio na hora do sacrifício.)
Defecamos e então entendemos:
— "O preço do prazer é a gula."
Como diz o velho dito cáustico:
"Cachorro que roeu osso...
ah, ele sabe."
E assim a mesa gira,
os pratos se quebram,
e os famintos — agora donos do banquete —
saboreiam o próprio veneno
com o mesmo sorriso
de quem um dia lhes serviu ossos.
Ciclo da prosperidade egocêntrica