BANQUETE DA VIDA

No banquete da vida,

a frase mais servida é:

— "A vingança é um prato que se come frio."

Engana-se quem cuspiu no prato que devorou.

Gritos fétidos vomitaram em nossos cérebros —

sanitários de uma moral decomposta.

Anormais normalizam o ambiente,

e a amoralidade virou "barely legal".

Enquanto os devotos se escondem no Salmo 91,

repudiam o 23 — mas o negócio é teologizar

a prosperidade do pastor.

(Ovelha sempre será ovelha…

e o altar? Sempre cheio na hora do sacrifício.)

Defecamos e então entendemos:

— "O preço do prazer é a gula."

Como diz o velho dito cáustico:

"Cachorro que roeu osso...

ah, ele sabe."

E assim a mesa gira,

os pratos se quebram,

e os famintos — agora donos do banquete —

saboreiam o próprio veneno

com o mesmo sorriso

de quem um dia lhes serviu ossos.

Ciclo da prosperidade egocêntrica

DBara Arruda
Enviado por DBara Arruda em 07/04/2025
Código do texto: T8304076
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