TRAJES DE NUVENS E POESIA
É hora de acolher-me em retiro
De fugir do ápice da hipocrisia latente
Lá vem!
O alienante embuste de boas festas
Percebo o meu refúgio envolto em névoa
Revelando-se lentamente...
Como a verdade sobre as mentiras
Através dos primeiros raios de sol
Minhas retinas recebem a carícia
Do nascer de um novo dia
Onde os pássaros são os tenores
Que em harmonia, cantam em boas-vindas
A suave brisa da manhã faz-se mensageira
Do marulhar das águas de cristalino córrego
Serpenteando entre as lustrosas pedras
Como a lutar pela liberdade, de seguir o seu caminho...
Os meus pés descalços
Recebem o suave acolhimento da relva úmida
O meu espírito despe-se do corpo
Voando alto! Em trajes de nuvens e poesia.