Ego
Floresta escura
Donde criaturas vigiam
Donde olhos saltam da penumbra
Donde escondem-se os mistérios.
De lá surge o negro alazão
Encara, relincha e trota
Faz correr o simples sujeito
Que seguia na longínqua estrada.
Assustado, o sujeito tropeça
Estabana-se, caído contempla
Do lado oposto ao bosque obscuro
A terra das leis, dos valores.
Foi no chão desta encantada terra
Que achou forte sela dourada
Cordas fortes reluzem o brilho da sela
Ao sorrir toma a sela e retorna à estrada.
O alazão de cor negra o aguardava
Fixos olhos escuros, patas batendo no chão
Com a sela nas mãos, o sujeito à frente
Encorajou-se, seguiu na direção do animal.
O brilho dourado da sela confundiu o cavalo
Alazão sob os joelhos foi selado pelo sujeito
Que montado no lombo da besta, seguiu rumo ao sol
Sempre atento às rédeas, sempre atento à estrada.
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-> Alazão: Id
-> Sujeito: Ego
-> Rédeas, sela: Superego
-> Estrada: Vida