LEMBRO TANTO
lembro da menina que fui
arteira
e magricela
lembro tanto
dos sonhos daquela menina
ela sempre sonhou com poesia
sempre rabiscou versos
às vezes eu a olho
caminhando dentro de mim
nos tempos perdidos
da meninice
às vezes eu faço perguntas
a ela
se realizei os sonhos dela
e ela me responde escrevendo
versos