POEIRA AO VENTO
Tela vazia, sem vida
imersa em abissal silêncio
Lentamente é tocada pela paleta do artista
Em compulsão criativa
As cores são espargidas freneticamente
E o antes vazio, enxerga-se céu azul turquesa
Miríades de estrelas recém-nascidas
Gêmeas de esplendorosa lua
Derramam a sua suave luminosidade
Sem macular outros tantas matizes nascituras
Que agora preenchem o vazio, prenhe de vida
O silêncio plasmou-se em movimentos de sinfonia
Onde a inspiração não cessa o encanto
Escreve a poesia, versando elaborada criação
Cultuada por incontáveis imersões
A obra, vê-se imortal...
Enquanto o artista segue adiante...
Levado ao léu, como poeira ao vento.