A Arte de ser breve
Na brisa que passa, suave e ligeira,
Há um sussurro que a vida traz inteira.
Cada instante, um sopro, um breve pulsar,
Um convite ao presente, ao momento de amar.
A vida é frágil, um cristal delicado,
Um rio que flui, mas não é regrado.
Cores que mudam, no céu, no olhar,
Um ciclo que gira sem tempo a esperar.
Devemos então, com fervor, abraçar,
Os sorrisos que vêm, o tempo de doar.
Cada gesto sincero, um grão de bondade,
Cultiva no peito eterna saudade.
Agradecer o nascer, o pôr do sol,
O cantar do pássaro, o farfalhar do lençol.
Olhar nos olhos de quem está por perto,
E mostrar ao mundo o que temos de certo.
A positividade é um jardim a cuidar,
Com palavras que curam e mãos a ajudar.
Perdoar os tropeços, erguer-se outra vez,
Plantando esperança, em QUEM a vida fez.
Na efemeridade, encontra-se a arte,
De viver intensamente, de ser em cada parte.
E ao fim do caminho, quando a luz se esvair,
Que reste o legado: amei, vivi, soube sentir.