CANÇÃO BREVE

p/ meu sobrinho Pietro Miguel

As conchas das mãos

Mãos em conchas sobre o riacho

fonte de Hipocrene — refletem

os olhos o rosto — castanhos

o mesmo rosto de tantos

sonhos e Silvas

Ainda não sabe da palavra

a palavra que grita e canta

não queres saber

— sabe

intui algo da pedra:

nem anjo nem verso

A vida a sua carnatura concreta

Não Hélicon nem nada de Pégaso

Que poderei eu ensiná-lo?

Um ritmo uma métrica solta

talvez

um tanto das musas e mitos

das horas e dias

algo de Deus — o mistério

o mistério de todos

os cantos uníssonos.

(Poema do meu livro de estreia —trabalho em andamento)

Lusca Luiz da Silva
Enviado por Lusca Luiz da Silva em 15/11/2024
Código do texto: T8197315
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