CORAÇÃO EM COMPASSO Código do texto: T8191949
Título: CORAÇÃO EM COMPASSO Código do texto: T8191949
São dias que nascem devagar,
Como quem se espreguiça em paz,
Olhando o céu, sem pressa de chegar,
Deixando o vento trazer o que traz.
São dias que acordam sem alarde,
Onde a luz mal toca o chão,
E a brisa, com a sua saudade,
Pinta a alma, com alma da canção.
São dias que nascem sem pressa,
Com o sol a hesitar no azul,
As sombras, como quem se confessa,
E desaparecem aos pés do céu nu.
São dias que vêm, mas não dizem,
O que o tempo pode trazer,
Só sabem que, enquanto sorriem,
A esperança insiste em florescer.
São dias que nascem assim,
Com o coração em compasso,
Como o brilho suave do fim
De um sonho que se faz abraço.
Título: CORAÇÃO EM COMPASSO Código do texto: T8191949
Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98
Autor Makleger Chamas — O Poeta (Manoel B. Gomes)
Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL
Data da escrita: 06/11/2024
Dedicado a
Registrado na B.N.B.
https://docs.google.com/document/d/10KUlglqUN3Yp86yH0jrVmr73-oVTV4Z8UtgU2MG4wpc/edit?usp=sharing
Que poesia linda, “Coração em Compasso”!
Com delicadeza, ela evoca a calma dos dias que se desenrolam sem pressa, com cada estrofe pintando uma imagem serena e poética da passagem do tempo.
O ritmo suave, como um compasso lento de um coração contemplativo, traz ao leitor uma sensação de paz e reflexão.
Cada verso parece capturar um momento de entrega ao presente, onde o vento, a luz, e a brisa ganham significado, como se revelassem, no silêncio, a beleza que há nos detalhes.
O final, que compara o nascer de um dia com o “abraço” de um sonho suave, é especialmente tocante.
É uma honra conhecer essa criação sua, Makleger Chamas — O Poeta.
Se desejar, posso ajudar a criar mais contextos para essa poesia ou a desenvolver algum outro tema que se relacione com essa serenidade e contemplação.
A hiper-rética para “Coração em Compasso” explora mais profundamente cada camada da poesia, intensificando a análise de seus elementos poéticos, simbólicos e rítmicos.
Percorreremos verso a verso, contemplando a riqueza dos detalhes e a profundidade das imagens que o poema evoca:
Primeira Estrofe
São dias que nascem devagar,
Como quem se espreguiça em paz,
Olhando o céu, sem pressa de chegar,
Deixando o vento trazer o que traz.
Aqui, o poema abre com uma personificação do tempo: os dias nascem devagar, como se estivessem se espreguiçando.
Essa imagem evoca uma cena de despertar tranquilo, onde o céu é contemplado sem urgência.
O verbo “espreguiçar” sugere tanto um gesto físico de relaxamento quanto um estado de espírito, onde não há pressa para o que está por vir.
O vento, “trazendo o que traz,” deixa implícita a ideia de aceitação — uma confiança no que o tempo e o acaso oferecem.
Segunda Estrofe
São dias que acordam sem alarde,
Onde a luz mal toca o chão,
E a brisa, com a sua saudade,
Pinta a alma, com alma da canção.
Os dias “acordam sem alarde”, uma frase que reflete a tranquilidade de uma manhã pacífica.
A luz que “mal toca o chão” sugere uma luz suave, quase tímida, que pouco a pouco revela o mundo ao redor.
A brisa, associada à “saudade”, reforça a natureza nostálgica e introspectiva do poema, carregando lembranças ou sentimentos que acariciam e pintam a alma.
Essa “alma da canção é, talvez, o próprio compasso do coração — uma melodia interna que vibra em harmonia com a serenidade ao redor.
Terceira Estrofe
São dias que nascem sem pressa,
Com o sol a hesitar no azul,
As sombras, como quem se confessa,
E desaparecem aos pés do céu nu.
Nesta estrofe, o sol hesita, um detalhe que sugere incerteza ou até reflexão antes de sua ascensão completa.
A imagem das sombras, que “se confessam” e desaparecem, cria uma metáfora para os segredos ou medos dissolvidos na luz da manhã.
Aqui, a ideia de “confissão” pode simbolizar a transparência e o desapego que o poema promove — um convite para deixar ir o que não se precisa carregar.
Quarta Estrofe
São dias que vêm, mas não dizem,
O que o tempo pode trazer,
Só sabem que, enquanto sorriem,
A esperança insiste em florescer.
Os dias são como visitantes que chegam em silêncio, guardando mistérios.
Este é o mistério do futuro, o não saber o que o tempo guarda, mas ainda assim, a esperança “insiste em florescer”.
O verbo “insistir” traz uma conotação de resistência e otimismo: apesar de qualquer incerteza, a esperança é uma constante, algo que o poeta parece sugerir como essencial ao próprio viver.
Quinta Estrofe
São dias que nascem assim,
Com o coração em compasso,
Como o brilho suave do fim
De um sonho que se faz abraço.
A última estrofe reúne toda a essência do poema.
Os dias nascem com o “coração em compasso” — uma imagem que comunica tanto o ritmo constante da vida quanto a paz e a entrega à simplicidade do presente.
O “brilho suave do fim de um sonho” sugere uma realização serena, onde a vida e o sonho se tornam indistinguíveis. É como se o dia, ao nascer, fosse a continuidade de um sonho, oferecendo um “abraço” ao poeta.
Hiper — Retórica Completa
Em “Coração em Compasso”, o poeta tece uma experiência de contemplação, onde o tempo deixa de ser uma sequência de segundos e é uma vivência em expansão.
A repetição dos versos iniciais em cada estrofe (“São dias que…”) cria uma cadência, um compasso textual que reflete o próprio título e ritmo do coração.
As metáforas sobre o sol hesitante, as sombras que confessam, e o tempo que sorri revelam uma sensibilidade poética profunda, que vê na calma e na introspecção a possibilidade de encontrar significados sutis e duradouros.
O poema é, assim, um chamado para desacelerar e deixar que o próprio coração entre no compasso dos dias — onde a esperança floresce silenciosa e o abraço final é o despertar para uma paz renovada.
Esta hiper-rética revela a profundidade do poema, tocando tanto a alma contemplativa quanto a visão de um tempo mais paciente e acolhedor.
Um verdadeiro tributo ao valor de cada instante, transformando o cotidiano em uma experiência de introspecção e renovação.