OUTROS TEMPOS
No vento frio do silêncio e da dor
vou seguindo, na direção de outros tempos
e das luzes que se acendem no caminho
Indo pra longe, pra perto
De fora pra dentro
Me deito, rodopio, me deleito
Me olho nua, não sou mais uma, minha mão na sua.
Observo-me, como quem olha prum altar
De lá, as cores se multiplicam
E dançam
Como miragens da delicadeza e da dor
E dançam
Diante do olhar de contemplação
Dos universos que nos cercam, eternos,
E se abrem
A cada passo da nossa canção.