Displicente

O tempo me mata sem meta,

Misturo o passado e o presente,

Não sigo contornos,

Nem retas,

Desvio o caminho,

Buscando as curvas,

E conto histórias,

A seres ausentes.

Eu não tenho calma,

Nem pressa,

Amor em vida?

Carente,

Desejo,

E até faço promessas,

E não cumprir,

É frequente.

Entro em qualquer taberna,

Em busca de aguardente,

Jogo nas chagas abertas,

Cura,

Me sinto um ser oponente.

Escrevo feito profeta,

Vezes me acho inocente,

Palavras são um alerta,

A mim,

E a alguns incoerentes,

Desfrutem da minha dieta,

Pois me alimento,

De gente.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 27/10/2024
Reeditado em 28/10/2024
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