Displicente
O tempo me mata sem meta,
Misturo o passado e o presente,
Não sigo contornos,
Nem retas,
Desvio o caminho,
Buscando as curvas,
E conto histórias,
A seres ausentes.
Eu não tenho calma,
Nem pressa,
Amor em vida?
Carente,
Desejo,
E até faço promessas,
E não cumprir,
É frequente.
Entro em qualquer taberna,
Em busca de aguardente,
Jogo nas chagas abertas,
Cura,
Me sinto um ser oponente.
Escrevo feito profeta,
Vezes me acho inocente,
Palavras são um alerta,
A mim,
E a alguns incoerentes,
Desfrutem da minha dieta,
Pois me alimento,
De gente.