Ciclos vencidos
Encerro um tempo, uma nuvem que se passa.
Os céus insistem, minha mente é uma gaveta.
Voltei ao curso antigo do rio, minh'alma chorou em demasia.
Pedras sofrem, queixam-se em silêncio, esmiuçam se entre os tapas do vento.
Não vi as rugas desta feiúra que teima, busquei em ilusões, sorrisos tolos.
O sol se pôs, nem notei sua canseira, permaneci acordado como um deus.
Velhos caminhos estão aplanados e irreconhecíveis.
A roupa velha de mim, de remendos, não quer mais.
Vou descansar só um pouco.
Encerro um tempo...
João Francisco da Cruz