Sem tempo para pensar
Sem tempo para pensar
Sem tempo para viver
Por vezes a vida é uma corrida contra o vento
Quanto mais se vive, menos quer se viver
Coisas simples que um dia pensei ter aprendido
Passagens que não julgava mais importantes
O mundo da tantas voltas, o homem faz tantas estripulias
Tudo volta à estaca zero e as condutas tornam o futuro algo preocupante
Quando você pensa não ter que demostrar mais nada
E aí que se torna imperioso explicar tudo de novo
As novas gerações crescendo no meio de tanta tecnologia
Cresceram em idade, mas a maturidade ficou na esperança
Verdadeiro deposito de gente, uma imensa creche
Adultos na casa dos 40 se comportando como crianças
Quanto menos se espera, mais sustos você leva
Indescritível a perversidade por trás de tantas lambanças
As palavras não valem mais nada, tornaram-se poeira no tempo
Qualquer coisa contraria dizem ser valores perdidos no passado
Ficaria agradecido se ao menos mostrassem a solidez do novo
Mas o que ouço, quanto mais reflito, mais fico emaranhado
Houve um tempo que pensei ter encontrado um caminho, mas
Na realidade, sem um ideal, vivia sem sentido, vivia por viver
Pela loucura, não me preocupava com futuro nem a estrada que iria tomar
Se fosse hoje certamente estaria enquadrado num mundo sem alvorecer.
Graças ao que aprendi, cresci com meus erros e ainda mais com os alheios
Em pouquíssimos anos, em parte recompus minha historia
Estudei o possível, ainda não parei nem me arrependo do que deixei
Como herói de mim mesmo, dou graças aos valores que guardo na memoria
Manoel Claudio Vieira – 04/10/24 – 03:28h