A dor e a teima da pequenina flor!

Abaixo da relva que a bloqueia

Da gramínea forte e rasteira

Ladeada de dormência e poeira

De dó, de taipas de pedras

Açoitada por ervas daninhas

Num movimento agoniado

Num silêncio gritante, abafado

Em chão árido, seco e rachado

Cercada de vãos, fissuras e fendas

Sob o jugo de milhares de espinhos

Querendo se mover, se sacodir

Querendo se levantar e surgir

...se erguer, vingar, brotar

Quem, será que anseia existir?

Na teima de ser, resistir e nascer?

Quem será...?

SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 01/10/2024
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