A dor e a teima da pequenina flor!
Abaixo da relva que a bloqueia
Da gramínea forte e rasteira
Ladeada de dormência e poeira
De dó, de taipas de pedras
Açoitada por ervas daninhas
Num movimento agoniado
Num silêncio gritante, abafado
Em chão árido, seco e rachado
Cercada de vãos, fissuras e fendas
Sob o jugo de milhares de espinhos
Querendo se mover, se sacodir
Querendo se levantar e surgir
...se erguer, vingar, brotar
Quem, será que anseia existir?
Na teima de ser, resistir e nascer?
Quem será...?