RESGATE
A poesia me sequestra
do ordinário
e os meninos
ziguezagueiam:
_ Onde ela está?
Arrebatada,
subo
sumo
salva!
Depois
me devolve
Maior
sem resgate.
Às vezes, corte
em chuva ácida.
Às vezes, flocos
de algodão-doce.
A poesia me sequestra
do ordinário
e os meninos
ziguezagueiam:
_ Onde ela está?
Arrebatada,
subo
sumo
salva!
Depois
me devolve
Maior
sem resgate.
Às vezes, corte
em chuva ácida.
Às vezes, flocos
de algodão-doce.