o mundo para mim

Como uma estátua da catedral

Olhos imersos sem alma

O futuro tão distante

Todos os sonhos secos que temos

Se repetem como um verme repugnante

Vivendo em memorias secas

Como vou crescer, com a alma fadada?

Todo dia no mesmo tempo

Respirando o mal ar que tanto temo

Nós somos o futuro distante

Corações lavados por sangue imundo

Mas seguimos adiante

A chuva cai como fogo infernal

Não a palavras

Digamos essas as mínimas

Para dizer como é o mundo para mim

MARIA EDUARDA PAZ PAGOTTO