PAZ OU CONFORTO?

Na superação da rotina, onde o conforto se aninha,

Ignoramos verdades que a alma não se alinha.

O que se esconde nas sombras, sob a luz do dia,

É um preço a ser pago, uma amarga sinfonia.

A paz, tão desejada, não é dádiva eterna,

Se deixamos de lado a voz que nos governa.

Os sussurros da consciência, como ecos distantes,

Chamam por atenção, mas seguimos adiante.

Acomodamo-nos em zonas de conforto,

Mas a vida é um ciclo, um eterno consórcio.

O que se ignora hoje, mais tarde virá,

Como um ladrão na noite, a paz levará.

O peso da omissão, como fardo, se acumula,

E a serenidade, aos poucos, se anula.

As verdades não ditas, os sentimentos guardados,

Transformam-se em tempestades, em dias nublados.

Por isso, é preciso olhar para dentro,

Encarar os fantasmas, o medo, o tormento.

A paz não é só ausência de dor ou de luta,

É a coragem de ser, de viver a labuta.

Então, que não seja o conforto a nos guiar,

Mas a busca sincera pelo que é amar.

Pois o preço da paz, se ignorado, é alto,

E a vida, em sua essência, é um belo asfalto.

Caminhemos, portanto, com olhos abertos,

Acolhendo as verdades, os sentimentos certos.

Que o conforto não seja um abrigo enganoso,

Mas um lar de acolhimento, um espaço amoroso.

Wallash Tom
Enviado por Wallash Tom em 19/09/2024
Código do texto: T8155472
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