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Talvez tudo tenha sido um erro
As bandeiras levantadas
As lutas batalhadas
Tudo foi em vão
Caio de joelhos
Abaixo os escudos
Eu não quero mais esmurrar
Socar pontas de faca
Me entrego ao buraco
Que me engole conhecido
Cativo, vazio
E cheio de mim
Me entrego a aqueles
Que quiseram meu fim
Aqueles que oraram por mim
E aqueles que não sabem quem sou
Discorro por alívio ou dor
Sinto todo o topor
Não tenho medo de falhar
Sei que jamais vou acertar
E se amanhã içarem velas
Cartazes em meu nome
Fuja da face que lhe encara perolada
Trepidando nessa cor meio mostarda
E que saia de mim esses anseios
De tentar sempre ser o primeiro
Não quero velas ou pétalas de rosa
Quero a virtude do tempo
Sem o passar das horas