O Meu Retiro
Nesta tarde cinzenta
Deste mês de setembro
A chuva chega muito lenta
E eu desfruto deste exílio.
O que me resta são versos
De uma poesia pampiana
Nestes pagos benditos
No sarandeio de uma valsa.
O inverno nos deixa em casa
Na sina de uma rotina gostosa
O chimarrão, café e uma prosa.
Os dias passam depressa...
Ouço poesias gauchescas
De um peão emocionado
Declama, com galhardia o nosso pago.
Que remédio para curar o tédio!
O meu coração se renova
Ouvindo uma música e uma trova
Nesta tarde serena que me abraça
No fim do dia, bem na boca da noite!
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