Meu poetar
Meu poetar me esforço e exerço...
pinço o que no fundo da alma está...
Hoje a olhar o que o coração tem me sugerido...
Vejo que eras pra já ter ido... de mim estás cada vez mais perdido.
Ah o mundo lá fora
a te roubar pouco a pouco de mim.
Minha presença já pouco te importa...
quando estás comigo, sinto-te olhando com pressa: queres sair rapidamente pela porta.
Por ora, vou me adaptando.
aos teus espaços me moldando.
Mesmo que visse o mais belo resultado,
meu coração de se sentir só está cada vez mais cansado.
Ainda há um pouco do colorido que trouxeste.
Me empenho sim em manter as cores que para mim deste...
No entanto, a Terra em seu eixo gira...
e eu estou sentindo-me ceder à mágoa.
Meu maior medo: um dia a onça vem e bebe a água.