Filhos do Arco-íris
Entre uma chuva de estupidez,
Ofuscado pelo sol do machismo,
Há um arco-íris que
Reluz, resiste, revoluciona.
Suas cores fortes
E sua beleza diversa,
Combate a tirania
Alienada, atrasada, alva.
Mas o poder retrocesso,
Se nutre da luz obscurantista,
E num golpe hegemônico,
Sofrimento, sangue, silêncio.
O mundo embranquece,
Só lágrimas correm livres,
E a felicidade torna-se
Melancolia, moribundez, morbidade.
Um milagre acontece
E a esperança sai do coma.
Do cadáver colorido ocorre
Notável, necessário, nascimento.
Estigmatizadas pelo passado,
Estas entidades tão únicas,
Lutam para trazer
Felicidade, fertilidade, futuro.
Do preto ao violeta eles brilham!
E mesmo tão diferentes,
Os seus corações carregam igual
Objetivo, originalidade, orgulho.