Sublimidade
No abismo pequeno de belo, no oculto da ignorância, na flor mirrada e jardim, sorrio.
No canto feio que sobra, há borboletas de cores.
O riacho é uma poesia muda.
Só sussurra pedras e quedas, o silêncio é sua voz.
Alegro me da pintura desta vida.
De muitos quadros, deslizei meus caminhos e pincéis.
Na curva que chega, vejo acima dos montes.
A simplicidade de sorrir é um dom divino.
Toda feiúra que os olhos meus inventaram, é uma beleza tão oculta.
No sol de logo mais, verei a graça de mais um dia.
No abismo pequeno de belo...
João Francisco da Cruz