Inquietações da existência

Por que, mesmo em meio à alegria radiante,

Sentimos um pesar persistente e constante?

Há um vazio que não conseguimos preencher,

Um anseio profundo, que nos escapa sem entender?

Por que, em nossa mente, medimos o valor

Comparando-nos aos outros, em beleza e saber?

Seria o reflexo que vemos uma mera ilusão,

Ou é a nossa essência que carrega a insatisfação?

Por que, apesar do êxito e da satisfação fugaz,

O prazer e a conquista parecem tão rápidos a se desfazer?

O que torna tão breve a plenitude que experimentamos,

Que logo se transforma em um novo desejo que buscamos?

Questiono a vida, seu fluxo implacável e veloz,

Por que a felicidade é uma chama que se apaga e se esconde?

Neste ciclo eterno de busca e realização,

Será que a verdadeira paz reside na aceitação do presente, na quietude da razão?

“Este texto é uma poesia questionadora.”