O som da fé

Vai o som do sino pelo ar a despertar,

Todo lugar, até o mais silente,

Pode o som do sino escutar,

Faz parte da crença desta gente.

O som do sino vai tinindo, sumindo,

A gente sente, o mais brando,

Som do sino que vai seguindo,

Cada cristão do vale vai despertando.

Era verde o vale outrora, e agora,

Flores nas calçadas são olhares,

Que segue a gente que segue o sino,

Roupas e flores e suas cores,

Era verde o vale onde deita o som do sino,

Brando. Enxugando o orvalho,

A luz frouxa do sol matutino,

Que as flores do vale vão chorando.

O som do sino é a voz nas vozes, rumores...

É o ar perfumado caído no orvalho,

Odores das vestes domingueiras,

Fileiras vão saindo ao som do sino.

É o homem do vale sua fé seguindo,

Trazida no som do sino que chama,

E desperta a alma do vale infindo,

Sobre o som do sino que flama.

JarbasTaboza
Enviado por JarbasTaboza em 26/08/2024
Código do texto: T8137520
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