Assim como as águas

 

Na infância é nascente,

Água que brota do chão.

De forma constante, fluente

E que colhemos com as mãos.

 

Na juventude é ligeira,

Que jorra como cachoeira,

Mas não dura a vida inteira...

Veloz, como uma paixão.

 

Na velhice é lago sereno

De placidez constante,

Onde sopra o vento ameno

Que eterniza o instante.

 

Tempo de olhar para a chuva...

Sentir o frio e o calor.

De olhar para o nada e ver tudo

De viver apenas, o amor.