O homem que sangra arte
Sou translúcido, invisível
Lúcido, porém permissível
Valor pútrido, moro em desnível
Conhecimento diminuto
Sobre minha pessoa
Não participo disso
Que é a realidade
Presente a cada minuto
Alheia ao meu humor
Depressível
Peguei pincel de cerdas afiadas
Passei sobre minha pele
Foi doloroso, mas dela saiu
Sangue colorido, vibrante
Tomando conta de mim
Me pintando
As pessoas passaram a tomar
Conhecimento de mim, de minha forma
Perguntaram meu nome, e com esta tinta
Pude desenhá-lo e colorí-lo do jeito que ele merecia
E quando elas queria me conhecer
Apenas peguei meu sangue
Joguei sobre elas
Deixei minha arte falasse por
Sí mesma