O homem que sangra arte

Sou translúcido, invisível

Lúcido, porém permissível

Valor pútrido, moro em desnível

Conhecimento diminuto

Sobre minha pessoa

Não participo disso

Que é a realidade

Presente a cada minuto

Alheia ao meu humor

Depressível

Peguei pincel de cerdas afiadas

Passei sobre minha pele

Foi doloroso, mas dela saiu

Sangue colorido, vibrante

Tomando conta de mim

Me pintando

As pessoas passaram a tomar

Conhecimento de mim, de minha forma

Perguntaram meu nome, e com esta tinta

Pude desenhá-lo e colorí-lo do jeito que ele merecia

E quando elas queria me conhecer

Apenas peguei meu sangue

Joguei sobre elas

Deixei minha arte falasse por

Sí mesma

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 19/08/2024
Código do texto: T8132473
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