A mitologia de um sofrimento mediano
tão vil quanto os que fracionam
seus momentos serenos e seus alimentos.
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tão vulgar quanto os que barganham
as dores de outrem por reconhecimento,
como se houvesse
uma mitologia de um sofrimento mediano.
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O mesquinho,
o asco do ego à descortinar,
à pulverizar-se,
a ponto de uma auto mensura,
apronto de um copo rachado e ao mesmo tempo
prestes à transbordar, abordar.
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Mas não é tarde tampouco cedo demais
para se debruçar e viver o momento que
de forma alguma lhe apetece,
deslumbre que se há, em
ardor, em vida, em busca de ensinamentos que não se documente
mas se revele ou releve...que seja leve.
Amor fati.