Aprendiz
Aprendiz
Trago a asa deslocada, o coração remendado,
Nem sei se o coloquei no lugar certo
Ainda zonza pelo tombo, enfim desperto:
tateando, reencontro os sentidos em estilhaços
Continuo errando o pouso, principiante!
Não enxergo com clareza a direção
Resisti ao impacto da primeira colisão,
empunhando um escudo de ilusões estanques
É preciso dar impulso aos recomeços,
que tantas vezes ensaio, sem parar,
O imprevisível vou tentando encaixar
nas fendas que abrem os tropeços
A cada passo que firmo, hesitante,
rompe-se a fibra que a mim encarna
Forma-se outra que me repara,
forjando um novo molde, palpitante.