Rios Selvagens

E da chuva

Vem um rio selvagem

Correndo no subsolo do meu peito

Eu encontro conforto em sua força

E na forma como o coração emite som

Que ecoa através do peito

Como águas ferozes

Essas correntezas ocultas

Desenham mapas em meu ser

Cada gota pesa

E libera histórias não contadas

Memórias que dançam

Navegando entre lamentos e risos

Em cada gota

Um suspiro da terra

E eu sou a concha

Segurando o eco do mundo

Imerso na serenidade da tempestade

E no poder que revira o profundo

Os trovões são canções de ninar

E a chuva, um manto que conforta

Atrás do véu úmido

A vida pulsa, a vida flui

Como os braços de um amante

Que envolve o coração arrependido

Assim, sigo a trilha

Onde os rios selvagens serpenteiam

Na dança eterna do ser

Emergindo da tempestade

Através dos ecos

Nosso amor, nosso lar.

Glauber Santtos Santtos
Enviado por Glauber Santtos Santtos em 06/08/2024
Código do texto: T8122864
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