Rios Selvagens
E da chuva
Vem um rio selvagem
Correndo no subsolo do meu peito
Eu encontro conforto em sua força
E na forma como o coração emite som
Que ecoa através do peito
Como águas ferozes
Essas correntezas ocultas
Desenham mapas em meu ser
Cada gota pesa
E libera histórias não contadas
Memórias que dançam
Navegando entre lamentos e risos
Em cada gota
Um suspiro da terra
E eu sou a concha
Segurando o eco do mundo
Imerso na serenidade da tempestade
E no poder que revira o profundo
Os trovões são canções de ninar
E a chuva, um manto que conforta
Atrás do véu úmido
A vida pulsa, a vida flui
Como os braços de um amante
Que envolve o coração arrependido
Assim, sigo a trilha
Onde os rios selvagens serpenteiam
Na dança eterna do ser
Emergindo da tempestade
Através dos ecos
Nosso amor, nosso lar.