Insanidade
" A vida é como uma obra de arte
As vezes se mostra tão bela
Mas se você ficar apenas admirando
Vai esquecer de vivê-la "
Nós somos todos malucos, doidos, lunáticos
Loucos, insanos, apáticos
O homem cria e acredita
Em coisas que nunca existiram
Ele inventa, modifica, edita
Mostra a todos, que tanto se admiram
Mas esquece de dar valor ao que existe
E padece sobre a própria existência
Ao desfecho da vida ele assiste
E pra morte faz reverência
Se assusta com qualquer escuro
E tem medo da própria ação
Na mente constrói um muro
E uma fenda, faz no coração
Ama quem não deveria
E rejeita quem o demonstra amor
Se perde na dor e agonia
Reclamando da vida em rancor
Dizendo que só ele sofre
E que o mundo o faz de refém
Faz no peito, um grande cofre
Onde guarda o que ele nem tem
Se afoga num mar de lágrimas
Enquanto lamenta seu destino
Perdido nas próprias lástimas
No barco da vida é clandestino
E diz que não se sente satisfeito
Expondo sua integridade
Mas me pergunto, o que ele tem feito
Para resolver esta adversidade
Pois apenas reclamar não resolve
E o problema só aumenta em tamanho
Nas suas fantasias se envolve
E tudo fica mais estranho
Esquece que o mundo real é insano
E se você for fraco, perece
Na mente, aumenta o dano
E na alma, a alegria falece
O tempo se torna mais curto
E a angústia o tortura e maltrata
Vive preso ao próprio surto
Numa loucura que mata
Quão grande és esta tristeza
Em tamanha impiedade
Se prende na falsa beleza
Convivendo com a insanidade
Enquanto a única certeza
É que o mundo requer maturidade