Salve-me Do Meu Fim

É uma longa noite

Como se escurecessem os céus

De janeiro a janeiro

Deitado no telhado

Eu acompanho as luzes

Enquanto as estrelas caem

Como neve branca, em meu corpo

Eu ainda me lembro do começo

Como se fosse ontem

As janelas pegando fogo

Eu apenas assisto

Brasas voando e brilhando

Como vagalumes vermelhos

Enquanto meu corpo congela

Oh, quando o futuro começa a desabar

Eu não espero mais nada

Além de uma eterna noite vazia

Enquanto os sinos das catedrais rugem

E os bancos de madeira se arrastam para os cantos

Vocês ouvem as portas fechando?

Não há mais quem me salve, agora

Então enterre-me a sete palmos

Deleite meu escudo acima do meu peito

Porque quando o pó me encontrar no fim

Saberão que eu lutei até sucumbir

De quem é minha alma agora?

Eu não quero ser um soldado lembrado

Eu quero ser o guerreiro que enterrou sua própria fé

Antes que encontrassem e a destruíssem

O que eu sou agora?

Então levarei apenas o meu amor

E saberão que

O objeto de desejo para os destruidores

Estará se tornando preto e azul

Não destruíram o meu amor

Apenas o meu coração, mortal

O tempo todo parece um silêncio

Gritos ainda ecoam lá fora?

Ou eu não me importo mais com o fim chegando?

De quem é meu espírito agora?

Me tirem do meu próprio fim.

Glauber Santtos Santtos
Enviado por Glauber Santtos Santtos em 31/07/2024
Código do texto: T8118813
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