COVARDIA

COVARDIA

Não tenho medo da morte!

Tenho medo do fantasma

Em que posso me transformar.

Por sorte ou simples covardia

Não tenho coragem de me matar.

Matar-se é o extremo da ousadia!

Já me bastam as mortes diárias

Que a vida impõe e me submete

Nas convivências obtusas, ordinárias.

E assim vou me suportando

Carregando o próprio fardo

Que aos poucos vai me matando.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 23/07/2024
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