TEMPO VIL
Tome uma gota d'água
Em teus poros virgens
Estais triste por nada
Pobre amante triste.
Aqueça-se do frio latente
Agracie com o orvalho
Quiçá algum dia será gente
Detrás de algum assoalho
Fostes presente insensível
Fruto do labor ordinário
Tenha seu prazer desprezível
Pobre humano itinerário
Não sintas o cheiro das rosas
Nem sejas espinhos do caule
Querer retirar vínculo de prosas
Doce desejo que te acalme