Silenciosamente,
meus dedos na tessitura
da pele contam histórias.
A memória viaja
na trilha dos sonhos,
no mapa de (in)glórias.
A alma navega calma
nas cicatrizes mudas,
a cada linha, lembranças
de relevante sina.
Nos gestos sutis,
no entrelace das mãos,
um universo se desnuda.
Busco nas palavras
que guardo no peito,
o desejo profundo
de fazer do meu tempo,
descobertas e momentos
neste caminhar da vida.
Atalhos às vezes estranhos,
mas, de poesia e eterna magia.
(Cida Vieira)