O rangido da porta
Havia uma porta de uma casa velha que rangia demais,cujo rangido era perturbador e um tanto incômodo para o morador desta casa.
As dobradiças dela estavam enferrujadas,ao abri-la e ao fechá-la escutava-se o som de sua rangedura.
E não havia nenhum óleo para que pudesse se pôr nela,pobre coitada daquela porta velha tão velha quanto a casa de onde ela pertencia.
Seu morador era pobre igual aquela porta que o incomodava em questão sobre aquela questão entre gastar ou guardar seu último tostão adquirido do seu último trabalho informal ou bico como alguns dizem com um certo óleo em spray que acabasse com o barulho do ranger daquela porta de sua casa.
Foi então que ele,finalmente,foi ao mercado e comprou o tal produto para espirrar naquela bendita porta que tanto o incomodava,porque,de irritante, já bastava ele.
E assim que ele passou o spray,acabou-se o rangido daquela porta tão velha quanto sua casa e nunca mais ao abri-la, ao trancá-la ou ao deixá-la entreaberta,não foi mais possível ouvir aquele barulho áspero de suas dobradiças enferrujadas que naquela altura já estavam lubrificadas com o óleo que até pareceu ser santo que o aliviou da loucura de se desfazer da pobre coitada porta,simplesmente,por seu rangido que durou anos e anos,mas,só que acabou depois devido à sua atitude.
Autor: Wilhans Lima Mickosz