Chove. Faz frio.
Da janela, fico observando os pingos
dançando no vento.
Quando batem no vidro, parecem cristais,
quebram o silêncio dos sonhos.
As ruas molhadas, calmas, só o desfile dos carros.
Depois de tanto tempo de ar seco,
como é gostoso sentir o cheiro forte e doce da terra!
A chuva soa como uma canção, pura magia,
traz memórias furtivas de sorrisos e lágrimas.
Purifica a terra, renova o ar,
lava a alma e traz esperanças.
Aqui, escrevendo, meu coração aquecido, em paz, descansa.
(Cida Vieira)