Sem ninguém
Foi nos meus piores dias que pude ver
Como era somente eu e eu, sem ninguém.
A sombra da tristeza a me envolver,
Sem toque, sem voz, no silêncio além.
O eco do vazio a me sussurrar,
Desenhou no escuro a solidão crua.
Meu reflexo no espelho a me encarar,
Duas metades de uma alma nua.
Mas na escuridão, a força cresceu,
A chama interna que nunca apagou.
E descobri, no profundo eu e eu,
Que a luz da esperança sempre restou.
No fim, ao me encontrar, pude entender
Que mesmo nos piores dias, havia fé.
Entre eu e eu, aprendi a viver,
Renasci das cinzas, firme em pé.