Vida que foge
Agora vejo
A líquida vida
Que escorre
Que foge
Escada abaixo.
Essa dor que
Confunde
Meus sentidos
Esse rito
Repentino
De sentir
Amor
Profano
Profundo
Do i-mundo
Do humano
Que ofusca
De lampejo
O que já
Não sinto.
Esse medo
De viver
Em desperdício
Por não saber
Se vivo
Ou se insisto
Em a-penas
Alguns verbos.
Sonhos
E desejos
Insanos
Cegam-me
Por instantes.
Luto e saio
Vencedor.
Eu ego-centro
Leigo
Ileso
Único inimigo
De mim mesmo.