TREVAS DA NOITE

 

 

Por entre as trevas da noite

Que cercam minha existência

Brilha um astro de innocência

Que é minha estrella polar.

Nos abysmos de minha alma,

Só ella pode brilhar.

 

O clarão frouxo da lua

Já brilha no horizonte

E ella na minha fronte

Inda não veio pouzar.

Por tua alma innocentinha

Minha alma quero trocar.

 

Mas talvez que adormecida

Recostada em seu postigo,

Sonhando, ó virgem, comigo

Vão meus cantos te acordar.

Adeus,ó virgem, que o bardo

Não quer teu sonno turbar.

 

 

 

Versos de meu avô: Antônio Pereira de Camargo

Nascido em 1888 em Lages - SC

Copiei exatamente como os li no original, com a ortografia da época, em papel bastante danificado, amarelado pelo tempo e sem data. Não sabíamos que vovô era poeta. Os manuscritos assinados, foram encontrados após sua morte, por seu filho mais novo que também os guardou e não contou a ninguém. Somente após o falecimento de Tio Hilário, quando a família foi inventariar seus pertences é que a prima Priscila os encontrou e nos enviou cópias.

 

 

 

Aloysia
Enviado por Aloysia em 06/07/2024
Reeditado em 08/07/2024
Código do texto: T8101371
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