O meu clero
Ao descer as escadas na preta madrugada
Não vejo as paredes que corro
Os meus dedos a tocam
E as mancho do fluído aquoso, sem cores
Secretado pelas glândulas que produz meu suor
E destilado pelos poros de minha pele
É um sintoma, um alerta
Sou, pois um poeta longevo
Consulto o número um
Seguido por cem zeros
Encontro dezenas de conjecturas
E acredito no meu clero,
Seres vivos na minha mente
Que discerna elementos
A dizer que vivo eloquentemente da minha arte
Até o dia do meu finamento