O meu clero

Ao descer as escadas na preta madrugada

Não vejo as paredes que corro

Os meus dedos a tocam

E as mancho do fluído aquoso, sem cores

Secretado pelas glândulas que produz meu suor

E destilado pelos poros de minha pele

É um sintoma, um alerta

Sou, pois um poeta longevo

Consulto o número um

Seguido por cem zeros

Encontro dezenas de conjecturas

E acredito no meu clero,

Seres vivos na minha mente

Que discerna elementos

A dizer que vivo eloquentemente da minha arte

Até o dia do meu finamento

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 30/06/2024
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