O poeta vadio
Na calada noturna
E outonal
Está aquele poeta se achando o tal
Com sua maneira taciturna
Ele é um poeta
Tão vadio
E arredio
Com sua forma discreta
A escrever
Seus versos
Tão diversos
Para continuar a viver
Alguém de boêmio o chama
Pelas ruas da cidade
Com seus passos de velocidade
Enquanto,tal poeta sua poesia declama
Ele vive à procura
De uma nova inspiração
Para sua versificação
Como um preso à espera de sua soltura
Este poeta não trabalha fora
Ele só versifica
E fica
A toda hora
Esperando uma mulher encontrar
Para que possa simplesmente
E suas poesias imediatamente
Para ela recitar
Enquanto,ele fica seus olhos nela a fitar
Para suas qualidades
De várias possibilidades
Em seu papel imitar
Este poeta faz mais nada
De sua vida
Tão vivida
Senão,escrever por toda a madrugada
Para tantas paixões
Tantos amores,as flores
Os beija-flores
E suas obsessões
Tal poeta que neste mundo
Que só pôde aprender
A continuar a escrever
Sobre seu poema mais profundo.
Autor: Wilhans Lima Mickosz