PRISMA

Eu me sento

Escuto as falas

As salas que estão vazias

Repito as teses

Às vezes, rezo

E meu primeiro olhar

Me joga no vento

Cabisbaixo, com olheiras marcantes

Meu palco

Sinto necessidade de alguém

Que nem amo tanto assim

Sintomas mal resolvidos

Podia chover,

Podia fazer calor

Qual a cor?

Podia estar com as luzes apagadas

A luz do seu cigarro

Um copo de álcool

Eu podia me levantar

Andar, correr, morrer

Voltar a viver

Não haveria água

Mar, oceano, pureza na respiração

Subindo escadas de

Lugares raros e de improvisos

São paraísos

Mas qual a cor?

Ah, sinto falta

Não sinto nada

Mas amanhã há de existir

A fábula dos unicórnios

O místico nas sílabas

Nos livros de enfeite

Conhecendo o mundo

A farsa de tudo

A beleza insistente

No conceito das melhores músicas

Na construção de Brasília

Em todos que foram embora

Quando eu fui embora

Podia ter ficado, podia ter feito tanto

Mas coloquei meus óculos brancos

O mundo preto não conseguiu descansar

Qual é a cor que sinto?

Cziek
Enviado por Cziek em 28/06/2024
Código do texto: T8095843
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