SOLIDÃO

Eu estou só,

No meio de tanta gente, só.

Sem alguém do meu lado

Para segurar a minha mão.

Caminho por um caminho escuro,

Tateando e caindo, só...

Fogem todos para não me darem a mão,

Às vezes levanto, outras, não. Só...

Já nem fico assustado,

Muito menos faço questão,

De ter gente ao meu lado

Me dizendo "não!".

Parei, solitário, cavaleiro,

Dom Quixote? Moinhos...

Minha luta, só minha,

Venço-as devagarinho.

Vejo sorrisos nas pessoas,

A mim, sobram as caretas,

Eu, sofro, mas de boa,

Parei com as tretas.

Minha vida eu guio,

Vou aonde quero,

Me jogo em um rio,

Mas não em desespero.

Vivo um dia após o outro,

Em completo desalinho,

Planos? Não tenho,

Sigo qualquer caminho...

Ontem chorei,

Hoje pouco sei.

Depois eu vejo,

Ou... bebo...

Sem volta,

Em frente,

Eu enfrento,

Revolta!

Você me excluiu,

Soltou minha mão,

De mim desistiu,

Me chamou de bundão.

Sozinho,

Solto.

Peço,

Me negam.

E fico andando em círculos,

Retorno sempre,

Meus amigos,

Me acham ridículo.

Celso Ciampi
Enviado por Celso Ciampi em 28/06/2024
Código do texto: T8095401
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