Amor e Paixão (19/01/22 - 16:04)

Ao longo de uma jornada,

Eu descobri que possuo a alma apaixonada.

Me apaixono facilmente...

Me entrego com facilidade.

(Ou assim foi um dia)

Mas amar?

É outra história.

Sou difícil de amar.

Amei poucos...

Mas esses poucos,

Amei intensamente.

Paixões,

Eu tive aos montes...

Tive paixões ardentes...

Paixonites inocentes.

Paixão correspondida.

Paixão não vivida.

Paixão colorida.

Mas amor?

Amei pouco.

Para poucas pessoas eu conseguir dizer,

As famosas três palavras.

Aquelas três palavras,

Que fazem o coração disparar.

Borboletas no estômago a voar.

Sinos a badalar.

Ao longo dessa jornada,

Que chamo de vida...

Tive quatro amor...

Sim, amor...

Não amores...

Amor é um único.

Não tem plural...

Pode até parecer uma grosseira falha gramatical...

Mas é assim que amo.

De forma única.

O meu primeiro,

Ainda na época da inocência...

Um amor que parecia o conto de fadas...

Mas não foi feito para durar...

E então me fez desacreditar no "felizes para sempre".

O segundo,

Foi na época da desilusão.

Quando eu pensei que jamais voltaria entregar meu coração.

E quando eu voltei a fazê-lo,

Foi intenso.

Tão profundo.

Para o mau e para o bem.

Foi tão lindo.

Tão forte.

Mas tão destrutivo.

Que me deixou quebrado em pedaços.

Irremediavelmente fragmentado.

Para sempre traumatizado.

O terceiro,

Foi o mais belo.

Leve e intenso.

Sincero repleto de entregas.

O Sol e a Lua...

Conexão que não se explica...

Se sente...

Mesmo longe,

Tão sincronizados...

Ninguém nunca me conheceu tão profundamente...

E talvez,

Nunca venha a conhecer...

O quarto amor,

Até o momento é o derradeiro...

Que me ensinou que sim,

Há tempo para amar...

Ela era o amor do destino,

Que infelizmente veio tarde demais.

Para ambos.

Se fosse em outra vida?

Duraria para sempre...

Mas nessa...

Quebrados demais,

Para fazer dar certo...

O Sol deixou de brilhar...

E o Girassol,

Outro foi encantar.

Quatro amor,

E múltiplas paixões.

Esse foi o passado.

E o presente?

O futuro?

Voltarei a me apaixonar?

Será?

Hoje parece impossível.

Um quinto (e último amor)?

Haverá?

Hoje parece improvável.

Mas uma pergunta,

Insiste em ecoar...

Voltarei a ser eu?

Irei voltar a acreditar?

Em amor? Em paixão?

Eis a questão.

Hoje parece que não.

E amanhã?

Sempre há um amanhã.

E amanhã,

Talvez.